quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Macchina Mundi

No pensamento dos Medievais, e também do estudioso da medicina e da cabalística, Teofrasto Paracelso (1493-1541), a” Machina Mundi” era entendida numa interrelação do macrocosmos com o microcosmos. Por sua vez, a Natureza, tal como a Terra, consideradas como a soma dos “livros” que Deus escreveu, guardavam em si os segredos da Sabedoria. Camões, no Canto X d’ Os Lusíadas, classificou a “Machina Mundi” de “matéria etérea e elemental”, engenho esse prodigioso, com as dimensões do Zodíaco em seus variados signos.

Nesta temática procuravam decifrar, sobretudo os poetas, a factualidade humana de “várias nações em que mandam reis, / Vários costumes e várias leis” (Canto X, estância 91), universo do Saber que tanto convida à decifração, como à contemplação e à partilha.

No CLEPUL (Centro de Literaturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa), como o nosso objetivo é o mesmo, abrimos o espaço das Áreas de investigação 3,4,5, e de Projetos Autónomos, sob este emblema camoniano, para refletir e debater temas culturais, com especial relevo para a Literatura.

Com esta reflexão, de caráter deliberadamente multicultural (até porque os nossos investigadores são provenientes de mais de vinte nacionalidades e culturas), desejamos cruzar pontos de vista, informações, problemáticas da condição humana sob os mais diversos olhares.


Com modesto atrevimento, pois, como escreveu o Poeta:

Nem nos falta na vida honesto estudo

Com larga experiência misturado,

Nem engenho, que aqui vereis presente.

(Canto X, estância 154)

Visite o Machina Mundi em:

http://www.clepul3machinamundi.org/?page_id=2


Leia o nº 1 de Machina Mundi em:


http://www.clepul3machinamundi.org/?cat=12

Sem comentários:

Enviar um comentário